Em um pronunciamento oficial na quarta-feira, 27 de novembro de 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o reajuste do salário mínimo para 2025. O aumento será limitado a 2,5% acima da inflação acumulada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) nos últimos 12 meses até novembro de 2024. Esta decisão foi tomada com o objetivo de controlar os gastos públicos, especialmente com despesas ligadas ao salário mínimo, como Previdência Social, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e abono salarial.
Haddad destacou que, mesmo com essa limitação, o novo valor do salário mínimo continuará superando a inflação, proporcionando ganhos reais para os trabalhadores. O ministro também afirmou que, com o atual governo, o presidente Lula devolveu aos brasileiros o que ele chamou de “ganho real no salário mínimo”, um direito que, segundo ele, havia sido “esquecido” pela gestão anterior.
O anúncio foi feito em um discurso de 7 minutos e 18 segundos transmitido em rede nacional de rádio e televisão. Durante o pronunciamento, Haddad explicou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem trabalhado intensamente para adotar um conjunto de medidas fiscais que visam não só a manutenção do poder de compra do trabalhador, mas também a promoção de um Brasil mais justo e eficiente.
Objetivo do reajuste
O principal objetivo do reajuste do salário mínimo em 2025 é garantir que o aumento seja sustentável para as contas públicas. Haddad explicou que o reajuste será limitado para evitar que o crescimento do salário mínimo gere um aumento desproporcional nas despesas do governo, especialmente aquelas que dependem do valor do salário mínimo, como a Previdência Social, o BPC e o abono salarial.
“É fundamental que o salário mínimo continue a subir acima da inflação, mas dentro de uma lógica fiscal que seja responsável e não coloque em risco o equilíbrio das contas públicas”, afirmou o ministro. Para Haddad, essa medida é essencial para que o Brasil consiga avançar no combate à inflação e, ao mesmo tempo, garantir que o crescimento do salário mínimo seja compatível com a realidade econômica do país.
Reformas fiscais
Além de abordar o reajuste do salário mínimo, Haddad também falou sobre as reformas fiscais que o governo de Lula tem implementado. Segundo o ministro, a melhoria nas contas públicas foi alcançada por meio do combate à sonegação de impostos e ao favorecimento dos mais ricos. Em seu pronunciamento, ele destacou que a falta de justiça tributária nos últimos anos resultou em privilégios para as camadas mais altas da população, que eram menos impactadas pela carga tributária.
“Cumprimos a lei e corrigimos distorções. Fizemos isso com a tributação de fundos em paraísos fiscais e de fundos exclusivos para os super-ricos”, disse Haddad, fazendo referência a projetos já sancionados que visam a impostos mais justos para aqueles que mais podem contribuir com o país.
Esse esforço de reforma fiscal, segundo o ministro, não só melhora a arrecadação, mas também visa garantir que o governo tenha os recursos necessários para investir em áreas essenciais para a transformação da sociedade, como educação, saúde e infraestrutura.
O compromisso com o combate à inflação e os juros
Outro ponto importante do discurso de Haddad foi o compromisso do governo de combater a inflação e reduzir o custo da dívida pública. O ministro afirmou que o governo está trabalhando para baixar os juros e aliviar o peso da dívida pública sobre os cidadãos e sobre a economia do país.
“O Brasil de hoje não é mais o Brasil que fechava os olhos para as desigualdades e as dificuldades da nossa gente. Quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo que possamos investir em áreas que transformam a vida das pessoas”, afirmou Haddad. Para ele, o governo atual se compromete a reverter a desigualdade social, aplicando uma tributação mais justa, que exige que os mais ricos contribuam mais para que seja possível implementar políticas públicas eficazes para os mais pobres.
O salário mínimo em 2025
Com o anúncio do reajuste de 2,5% sobre o INPC, o salário mínimo em 2025 será ajustado de acordo com a inflação, mas sem provocar um aumento excessivo nas despesas do governo. A medida, embora com um aumento moderado, busca garantir que o poder de compra dos trabalhadores não seja corroído pela inflação, ao mesmo tempo em que assegura a responsabilidade fiscal do governo.
Esse reajuste será um reflexo de uma política fiscal responsável, com a qual o governo busca preservar os direitos dos trabalhadores sem comprometer o equilíbrio fiscal. Para Haddad, a reforma fiscal não se resume apenas à redução de impostos, mas também à justiça social, assegurando que os mais vulneráveis recebam o suporte necessário, sem prejudicar o crescimento sustentável do país.